sexta-feira, 14 de setembro de 2007

In morten

o amor é infinito?
o famoso sentimento nobre, refinado, bruto e chulo porderia ser apenas um esdruchulo desejo de imortalidade?
por que, para que, para quem amamos?
muitas obras e autores retratam o chamado "amor eterno", como o idolatrado Shakeaspeare com o seu famoso, adoravel, mentiroso e odioso Romeo e Julieta. talvez esse sentimento puro seja uma necessidade de testemunha para nossos atos, vida e consquistas.

- Ó meu bem! Parabéns pelo seu novo cargo.
- Querida! Que cozido maravilhoso!


não fode.


enfim;
casamento deve existir para termos testemunhas permanentes de fracassos e ápices de nossas vidas.
ou apenas como um macaco hidraulico para nos tirar da adolescencia e nos flexionar em adultos.
hm
ou então para nos sentirmos úteis para alguém.
para termos mais uma máscara que nos afastará mais ainda de quem somos?
mascaras como a boa filha, o pai zeloso, a dona de casa, a mãe compreensiva, a ovelha-negra...
tantas personas dentro de um mesmo lugar, dentro de uma mesma pessoa...

para sermos lembrados por alguem depois que não estamos mais nesse mundo?

... uma hipocrisia sem fim, aos poucos desmoronando pelo cansaço das pessoas de viverem oprimidas umas pelas outras;

qual outro motivo para tantos divorcios?

esse amor utópico é a mais egoísta de todas as abstrações humanas.

escolhe-se alguem para amar, tem-se filhos, uma churrasqueira e um nome para passar adiante.
talvez seja lembrado por seus netos, se tiver sorte, por seus bisnetos e então todos os esforços para ser lembrado/testemunhado por alguem são recompensados com o esquecimento, enquanto outros já estão em busca desse "amor eterno"


muito mais facil ser lembrado por seus feitos
do que por seus filhos.

há!
então deixa eu ir lá ficar famosa que nem o angus young e lembrarem de mim sem precisar ter uma churrasqueira.