"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina.
Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está todo de trás pra frente.
Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso.
Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora delá por estar muito novo.
Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar.
Então você trabalha 40 anos até ficar novo o bastante pra poder aproveitar sua aposentadoria. Aí você curte tudo, bebe bastante álcool, faz festas e se prepara pra faculdade. Você vai pro colégio, tem várias namoradas, vira criança,não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho de colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando....
E termina tudo com um ótimo orgasmo! Não seria Perfeito?"
Charles Chaplin
sexta-feira, 21 de setembro de 2007
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
once upon a time
No oitavo dia sentimos que tudo conspirava contra nós. Que importa a uma grande cidade que haja um apartamento fechado em alguns de seus milhares
de edifícios; que importa que lá dentro não haja ninguém, ou que um homem e uma mulher ali estejam, pálidos, se movendo na penumbra como
dentro de um sonho?
Entretanto a cidade, que durante uns dois ou três dias parecia nos haver esquecido, voltava subitamente a atacar. O telefone tocava, batia dez, quinze vezes, calava-se alguns minutos, voltava a chamar; e assim três, quatro vezes sucessivas.
Alguém vinha e apertava a campainha; esperava; apertava outra vez; experimentava a maçaneta da porta; batia com os nós dos dedos, cada vez mais
forte, como se tivesse certeza de que havia alguém lá dentro. Ficávamos quietos, abraçados, até que o desconhecido se afastasse, voltasse para a rua, para a
sua vida, nos deixasse em nossa felicidade que fluía num encantamento constante.
Eu sentia dentro de mim, doce, essa espécie de saturação boa, como um veneno que tonteia, como se meus cabelos já tivessem o cheiro de seus cabelos, se
o cheiro de sua pele tivesse entrado na minha. Nossos corpos tinham chegado a um entendimento que era além do amor, eles tendiam a se parecer no mesmo
repetido jogo lânguido, e uma vez que, sentado, de frente para a janela por onde se filtrava um eco pálido de luz, eu a contemplava tão pura e nua, ela
disse: “Meu Deus, seus olhos estão esverdeando”.
Nossas palavras baixas eram murmuradas pela mesma voz, nossos gestos eram parecidos e integrados, como se o amor fosse um longo ensaio para que um movimento chamasse outro: inconscientemente compúnhamos esse jogo de um ritmo imperceptível, como um lento bailado.
Mas naquela manhã ela se sentiu tonta, e senti também minha fraqueza; resolvi sair, era preciso dar uma escapada para obter víveres; vesti-me
lentamente, calcei os sapatos como quem faz algo de estranho; que horas seriam?
Quando cheguei à rua e olhei, com um vago temor, um sol extraordinariamente claro me bateu nos olhos, na cara, desceu pela minha roupa, sentivagamente que aquecia meus sapatos. Fiquei um instante parado, encostado à parede, olhando aquele movimento sem sentido, aquelas pessoas e veículos
irreais que se cruzavam; tive uma tonteira, e uma sensação dolorosa no estômago.
Havia um grande caminhão vendendo uvas, pequenas uvas escuras; comprei cinco quilos. O homem fez um grande embrulho de jornal; voltei, carregando aquele embrulho de encontro ao peito, como se fosse a minha salvação.
E levei dois, três minutos, na sala de janelas absurdamente abertas, diante de um desconhecido, para compreender que o milagre acabara; alguém viera e batera à porta, e ela abrira pensando que fosse eu, e então já havia também o carteiro querendo o recibo de uma carta registrada, e quando o telefone bateu foi preciso atender, e nosso mundo foi invadido, atravessado, desfeito, perdido para sempre
– senti que ela me disse isso num instante, num olhar entretanto lento (achei seus olhos muito claros, há muito tempo não os via assim, em plena luz), um olhar de apelo e de tristeza onde entretanto ainda havia uma inútil, resignada esperança.
Esperança de termos um mundo só nosso?
de edifícios; que importa que lá dentro não haja ninguém, ou que um homem e uma mulher ali estejam, pálidos, se movendo na penumbra como
dentro de um sonho?
Entretanto a cidade, que durante uns dois ou três dias parecia nos haver esquecido, voltava subitamente a atacar. O telefone tocava, batia dez, quinze vezes, calava-se alguns minutos, voltava a chamar; e assim três, quatro vezes sucessivas.
Alguém vinha e apertava a campainha; esperava; apertava outra vez; experimentava a maçaneta da porta; batia com os nós dos dedos, cada vez mais
forte, como se tivesse certeza de que havia alguém lá dentro. Ficávamos quietos, abraçados, até que o desconhecido se afastasse, voltasse para a rua, para a
sua vida, nos deixasse em nossa felicidade que fluía num encantamento constante.
Eu sentia dentro de mim, doce, essa espécie de saturação boa, como um veneno que tonteia, como se meus cabelos já tivessem o cheiro de seus cabelos, se
o cheiro de sua pele tivesse entrado na minha. Nossos corpos tinham chegado a um entendimento que era além do amor, eles tendiam a se parecer no mesmo
repetido jogo lânguido, e uma vez que, sentado, de frente para a janela por onde se filtrava um eco pálido de luz, eu a contemplava tão pura e nua, ela
disse: “Meu Deus, seus olhos estão esverdeando”.
Nossas palavras baixas eram murmuradas pela mesma voz, nossos gestos eram parecidos e integrados, como se o amor fosse um longo ensaio para que um movimento chamasse outro: inconscientemente compúnhamos esse jogo de um ritmo imperceptível, como um lento bailado.
Mas naquela manhã ela se sentiu tonta, e senti também minha fraqueza; resolvi sair, era preciso dar uma escapada para obter víveres; vesti-me
lentamente, calcei os sapatos como quem faz algo de estranho; que horas seriam?
Quando cheguei à rua e olhei, com um vago temor, um sol extraordinariamente claro me bateu nos olhos, na cara, desceu pela minha roupa, sentivagamente que aquecia meus sapatos. Fiquei um instante parado, encostado à parede, olhando aquele movimento sem sentido, aquelas pessoas e veículos
irreais que se cruzavam; tive uma tonteira, e uma sensação dolorosa no estômago.
Havia um grande caminhão vendendo uvas, pequenas uvas escuras; comprei cinco quilos. O homem fez um grande embrulho de jornal; voltei, carregando aquele embrulho de encontro ao peito, como se fosse a minha salvação.
E levei dois, três minutos, na sala de janelas absurdamente abertas, diante de um desconhecido, para compreender que o milagre acabara; alguém viera e batera à porta, e ela abrira pensando que fosse eu, e então já havia também o carteiro querendo o recibo de uma carta registrada, e quando o telefone bateu foi preciso atender, e nosso mundo foi invadido, atravessado, desfeito, perdido para sempre
– senti que ela me disse isso num instante, num olhar entretanto lento (achei seus olhos muito claros, há muito tempo não os via assim, em plena luz), um olhar de apelo e de tristeza onde entretanto ainda havia uma inútil, resignada esperança.
Esperança de termos um mundo só nosso?
sábado, 15 de setembro de 2007
vício intrínseco
E você chegou assim
de repente,
Instigou meus pensamentos,
meu atos,
minha forma de ver as coisas no meu mundo.
Tornou-se um vício,
aos poucos tomando conta de mim
e eu sem perceber
te segui.
Pelas escadas que estavam atrás de uma velha porta trancada.
Pensava eu, trancada pra sempre.
E então,
quando me dei conta,
virou parte de mim.
E não se cansa,
de me fazer bem
de me fazer respirar
de me fazer suspirar
de me fazer sussurrar
de me fazer cantar
de me fazer
sua.
de repente,
Instigou meus pensamentos,
meu atos,
minha forma de ver as coisas no meu mundo.
Tornou-se um vício,
aos poucos tomando conta de mim
e eu sem perceber
te segui.
Pelas escadas que estavam atrás de uma velha porta trancada.
Pensava eu, trancada pra sempre.
E então,
quando me dei conta,
virou parte de mim.
E não se cansa,
de me fazer bem
de me fazer respirar
de me fazer suspirar
de me fazer sussurrar
de me fazer cantar
de me fazer
sua.
dá Licença, poética?
Tenho eu licença poética?
Posso escrever em rolos de papel higiênico?
Será arte?
Van Gogh poderia pintar em um rolo de papel higiênico?
Seria arte?
Da Vinci poderia fazer manuscritos em papel higiênico?
Será arte?
Van Gogh não seria Van Gogh se pintasse em um desses rolos. Da Vinci não seria Da Vinci se o fizesse. Mas seria Van Gogh, Da Vinci? Da Vinci Van Gogh seria?
No final todos usariam rolos de papel higiênico.
Posso escrever em rolos de papel higiênico?
Será arte?
Van Gogh poderia pintar em um rolo de papel higiênico?
Seria arte?
Da Vinci poderia fazer manuscritos em papel higiênico?
Será arte?
Van Gogh não seria Van Gogh se pintasse em um desses rolos. Da Vinci não seria Da Vinci se o fizesse. Mas seria Van Gogh, Da Vinci? Da Vinci Van Gogh seria?
No final todos usariam rolos de papel higiênico.
construção de pontos de vista ao meu modo
Tenho uma mania muito feia...
A de enganar pessoas desconhecidas. Criar personagens involuntariamente para saber a opinião das pessoas sobre esse ou aquele assunto.
Não é de caso pensado, as pessoas me provocam, não sei como, me forçam a isso.
Outro dia voltando do CIEP que estou "amiga da escola", parei uma van, dessas de cooperativa mesmo e sentei no banco da frente. O motorista começou a puxar assunto, e eu respondia sem interesse, só pensando em chegar em casa o mais rápido possível.
Em meio a conversa ele me pergunta: - Você é daqui?! - eu respondi num impulso:
- Não.
E então ele começou a fazer perguntas, e eu respondia a todas meio que instantaneamente.
Sei que no final das contas eu era uma menina do interior de Minas Gerais em visita ao Rio de Janeiro. Comecei a fazer perguntas sobre o seu dia-a-dia na cidade maravilhosa, se o Rio era tudo aquilo que passa no jornal.
Ele começou a falar desenfreadamente:
- É filha... Você não tem noção de como é essa cidade. É um bang bang que só vendo. Muito pior do que na tv [...]
Por mais que eu tentasse defender a cidade, o carioca insistia em colocar medo na "turista mineira".
Sou carioca. Nasci e cresci aqui. Já morei em São Paulo e na própria Minas Gerais. Toda minha adolescência foi aqui no Rio, saindo à noite, voltando de ônibus sozinha de madrugada ou de manhãzinha, às vezes ainda com efeitos da noite no corpo. Nunca me aconteceu nada.
Em São Paulo roubaram o toca fitas do carro do meu pai no estacionamento do cursinho de inglês da minha irmã, minha fita do Supertramp estava lá. Fiquei triste realmente.
Em Minas Gerais mataram o meu, e todos os cachorros da rua com carne envenenada, para assaltar as casas nas férias e no carnaval.
Existe violência, sujeiras e tudo o mais em todas as cidades do mundo.
Então porque, por exemplo, os mineiros defendem tanto a terra deles? E os cariocas não defendem sua cidade?
Quantos profilezinhos de orkut você já não leu escrito; Cidade: Hell de Janeiro??
Será que as pessoas cansaram do otimismo sem resposta?
ou a malandragem carioca deu lugar à malandros?
Talvez dê muito trabalho tentar mudar algo...?!
Ou então é mais fácil só ver os jornalecos, que nos dão certeza de tudo que acontece de ruim, mas não retratam uma ONG, um projeto cultural.... não retratam o esforço de alguns para levar uma vida regrada, criar seus filhos, continuarem seus empregos...
Aqui, só levanto questionamentos.
Mas quer saber? To ficando de saco cheio da minha cidade ser taxada como sitiada.
A de enganar pessoas desconhecidas. Criar personagens involuntariamente para saber a opinião das pessoas sobre esse ou aquele assunto.
Não é de caso pensado, as pessoas me provocam, não sei como, me forçam a isso.
Outro dia voltando do CIEP que estou "amiga da escola", parei uma van, dessas de cooperativa mesmo e sentei no banco da frente. O motorista começou a puxar assunto, e eu respondia sem interesse, só pensando em chegar em casa o mais rápido possível.
Em meio a conversa ele me pergunta: - Você é daqui?! - eu respondi num impulso:
- Não.
E então ele começou a fazer perguntas, e eu respondia a todas meio que instantaneamente.
Sei que no final das contas eu era uma menina do interior de Minas Gerais em visita ao Rio de Janeiro. Comecei a fazer perguntas sobre o seu dia-a-dia na cidade maravilhosa, se o Rio era tudo aquilo que passa no jornal.
Ele começou a falar desenfreadamente:
- É filha... Você não tem noção de como é essa cidade. É um bang bang que só vendo. Muito pior do que na tv [...]
Por mais que eu tentasse defender a cidade, o carioca insistia em colocar medo na "turista mineira".
Sou carioca. Nasci e cresci aqui. Já morei em São Paulo e na própria Minas Gerais. Toda minha adolescência foi aqui no Rio, saindo à noite, voltando de ônibus sozinha de madrugada ou de manhãzinha, às vezes ainda com efeitos da noite no corpo. Nunca me aconteceu nada.
Em São Paulo roubaram o toca fitas do carro do meu pai no estacionamento do cursinho de inglês da minha irmã, minha fita do Supertramp estava lá. Fiquei triste realmente.
Em Minas Gerais mataram o meu, e todos os cachorros da rua com carne envenenada, para assaltar as casas nas férias e no carnaval.
Existe violência, sujeiras e tudo o mais em todas as cidades do mundo.
Então porque, por exemplo, os mineiros defendem tanto a terra deles? E os cariocas não defendem sua cidade?
Quantos profilezinhos de orkut você já não leu escrito; Cidade: Hell de Janeiro??
Será que as pessoas cansaram do otimismo sem resposta?
ou a malandragem carioca deu lugar à malandros?
Talvez dê muito trabalho tentar mudar algo...?!
Ou então é mais fácil só ver os jornalecos, que nos dão certeza de tudo que acontece de ruim, mas não retratam uma ONG, um projeto cultural.... não retratam o esforço de alguns para levar uma vida regrada, criar seus filhos, continuarem seus empregos...
Aqui, só levanto questionamentos.
Mas quer saber? To ficando de saco cheio da minha cidade ser taxada como sitiada.
sexta-feira, 14 de setembro de 2007
In morten
o amor é infinito?
o famoso sentimento nobre, refinado, bruto e chulo porderia ser apenas um esdruchulo desejo de imortalidade?
por que, para que, para quem amamos?
muitas obras e autores retratam o chamado "amor eterno", como o idolatrado Shakeaspeare com o seu famoso, adoravel, mentiroso e odioso Romeo e Julieta. talvez esse sentimento puro seja uma necessidade de testemunha para nossos atos, vida e consquistas.
- Ó meu bem! Parabéns pelo seu novo cargo.
- Querida! Que cozido maravilhoso!
não fode.
enfim;
casamento deve existir para termos testemunhas permanentes de fracassos e ápices de nossas vidas.
ou apenas como um macaco hidraulico para nos tirar da adolescencia e nos flexionar em adultos.
hm
ou então para nos sentirmos úteis para alguém.
para termos mais uma máscara que nos afastará mais ainda de quem somos?
mascaras como a boa filha, o pai zeloso, a dona de casa, a mãe compreensiva, a ovelha-negra...
tantas personas dentro de um mesmo lugar, dentro de uma mesma pessoa...
para sermos lembrados por alguem depois que não estamos mais nesse mundo?
... uma hipocrisia sem fim, aos poucos desmoronando pelo cansaço das pessoas de viverem oprimidas umas pelas outras;
qual outro motivo para tantos divorcios?
esse amor utópico é a mais egoísta de todas as abstrações humanas.
escolhe-se alguem para amar, tem-se filhos, uma churrasqueira e um nome para passar adiante.
talvez seja lembrado por seus netos, se tiver sorte, por seus bisnetos e então todos os esforços para ser lembrado/testemunhado por alguem são recompensados com o esquecimento, enquanto outros já estão em busca desse "amor eterno"
muito mais facil ser lembrado por seus feitos
do que por seus filhos.
há!
então deixa eu ir lá ficar famosa que nem o angus young e lembrarem de mim sem precisar ter uma churrasqueira.
o famoso sentimento nobre, refinado, bruto e chulo porderia ser apenas um esdruchulo desejo de imortalidade?
por que, para que, para quem amamos?
muitas obras e autores retratam o chamado "amor eterno", como o idolatrado Shakeaspeare com o seu famoso, adoravel, mentiroso e odioso Romeo e Julieta. talvez esse sentimento puro seja uma necessidade de testemunha para nossos atos, vida e consquistas.
- Ó meu bem! Parabéns pelo seu novo cargo.
- Querida! Que cozido maravilhoso!
não fode.
enfim;
casamento deve existir para termos testemunhas permanentes de fracassos e ápices de nossas vidas.
ou apenas como um macaco hidraulico para nos tirar da adolescencia e nos flexionar em adultos.
hm
ou então para nos sentirmos úteis para alguém.
para termos mais uma máscara que nos afastará mais ainda de quem somos?
mascaras como a boa filha, o pai zeloso, a dona de casa, a mãe compreensiva, a ovelha-negra...
tantas personas dentro de um mesmo lugar, dentro de uma mesma pessoa...
para sermos lembrados por alguem depois que não estamos mais nesse mundo?
... uma hipocrisia sem fim, aos poucos desmoronando pelo cansaço das pessoas de viverem oprimidas umas pelas outras;
qual outro motivo para tantos divorcios?
esse amor utópico é a mais egoísta de todas as abstrações humanas.
escolhe-se alguem para amar, tem-se filhos, uma churrasqueira e um nome para passar adiante.
talvez seja lembrado por seus netos, se tiver sorte, por seus bisnetos e então todos os esforços para ser lembrado/testemunhado por alguem são recompensados com o esquecimento, enquanto outros já estão em busca desse "amor eterno"
muito mais facil ser lembrado por seus feitos
do que por seus filhos.
há!
então deixa eu ir lá ficar famosa que nem o angus young e lembrarem de mim sem precisar ter uma churrasqueira.
vá morar com o diabo que é seu lugar
onde ficaram os sonhos?
presos no inventario de coisas a fazer?
hm
forme-se, case-se, domine-se, controle-se
mas nunca,
nunca
se ouça
nunca
se toque
nunca
se sinta
nunca se coloque na frente,
somente
-se -se -se -se -se -se
é contra as leis
mas
esqueceram de avisar...
as leis nunca foram cumpridas, nenhuma delas.
não conseguem controlar os reais perigos,
então, rufem os tambores
que entre em cena o inconsciente coletivo!
isso
coloquem culpa em cada um dos seres
coloquem culpa
coloquem culpa
transformem cada um dos prazeres em risco de vida
tranformem serotonina em paranóia
Vamos sociedade querida
deêm audiência aos programas sensacionalistas.
nós que fazemos o medo.
o medo dá audiência.
o medo é querido do publico.
Então, se é medo que eles querem, se é isso que eles assistem,
joguem nas telas
escarrem nos jornais
.
e assim vamos nós
feito espumas ao vento.
nos deixando levar
sublimando nossa culpa
e sentindo o tempo se esvair
presos no inventario de coisas a fazer?
hm
forme-se, case-se, domine-se, controle-se
mas nunca,
nunca
se ouça
nunca
se toque
nunca
se sinta
nunca se coloque na frente,
somente
-se -se -se -se -se -se
Foda -se!
nunca tranformar o tedio em real melodia
nunca usar venenos anti monotonia
é erradoé contra as leis
mas
esqueceram de avisar...
as leis nunca foram cumpridas, nenhuma delas.
não conseguem controlar os reais perigos,
então, rufem os tambores
que entre em cena o inconsciente coletivo!
isso
coloquem culpa em cada um dos seres
coloquem culpa
coloquem culpa
transformem cada um dos prazeres em risco de vida
tranformem serotonina em paranóia
Vamos sociedade querida
deêm audiência aos programas sensacionalistas.
nós que fazemos o medo.
o medo dá audiência.
o medo é querido do publico.
Então, se é medo que eles querem, se é isso que eles assistem,
joguem nas telas
escarrem nos jornais
.
e assim vamos nós
feito espumas ao vento.
nos deixando levar
sublimando nossa culpa
e sentindo o tempo se esvair
por isso cuidado meu bem, há perigo na esquina.
digamos um holocausto feito por nós
digamos um holocausto (in)voluntario
digamos um holocausto feito atraves das capas de revistas.
uma auto purificação da raça, as proprias pessoas fora do padrão se isolam
para não ...
enfeiar/estragar/incomodar/participar de sua raça
raça essa com os mesmos padroes de pureza arianas?
que tal um selo ISO 9000 nas maternidades?
digamos um holocausto (in)voluntario
digamos um holocausto feito atraves das capas de revistas.
uma auto purificação da raça, as proprias pessoas fora do padrão se isolam
para não ...
enfeiar/estragar/incomodar/participar de sua raça
raça essa com os mesmos padroes de pureza arianas?
que tal um selo ISO 9000 nas maternidades?
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